Compreender o temperamento das pessoas com quem se lida para saber das suas intenções.
Se as causas são conhecidas, se conhecem as e conseqüências delas e se deduzem as intenções.
O pessimista é agoureiro, e o maledicente sempre encontra culpas. Sempre imaginam o pior.
Como não vêem as coisas boas do presente, anunciam o mal futuro.
O apaixonado vê as coisas diferentes do que são, porque é movido pela paixão, não pela razão.
Cada um fala segundo suas preferências e seu humor, e todos estão longe da verdade.
É preciso decifrar os rostos e interpretar os sinais da alma,assim se conhecerá o tolo porque está sempre rindo e o falso porque nunca ri.
Cuidado com o perguntador, seja porque é indiscreto, seja porque se fixa nos defeitos.
Não espere muito dos feios, porque costumam se vingar da natureza por tê-los favorecido tão pouco.
A tolice é diretamente proporcional à beleza.
Quem foi Baltasar Gracián?
Escritor espanhol, jesuíta, escreveu várias obras entre elas
A Arte da Prudência, em 1647.
A obra deveria ser um guia para os homens do seu tempo para ajudar a “desemaranhar nos labirintos das intrigas, das dúvidas e das maledicências cotidianas”, isso segundo Domenico de Masi, o laureado escritor que edita agora a obra do mesmo nome, com uma coletânea de 150 dos 300 aforismos originais, mantendo na medida do possível sua originalidade com pequenas atualizações para facilitar a leitura. Editora Sextante 2003, 3a.a edição.
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